fevereiro 25, 2007

Deixa-a brilhar


Seis horas da manhã.
A noite é fria e chuvosa, mas quente. Quente e aconchegante no pensamento, no meu pensamento em ti.
Há algo acima de nós que não compreendo mas em que acredito. Melhor, como que um monismo de movimento interior no qual inconscientemente me faz acreditar. Julgo que todas as estrelas giram e se movem em uníssono, como parte de um grande todo, e se nós nada mais somos que pó dessas mesmas estrelas, movemo-nos em sentido com elas, seguindo os seus desígnios no decurso das nossas vidas atribuladas e, em algum momento nelas, encontramos aquele instante que nos faz pensar que realmente há algo mais. Algo incontrolável que nos faz seguir e voltar a pensar naquela direcção, nesta nossa direcção. Aquele pensamento de dar o passo. Aquele tal passo rumo ao cais, à certeza do nosso barco decisivo que ali nos espera onde, por mais voltas que a vida dê e por mais diferentes que sejam as ruas percorridas, acabará sempre por nos guiar até ao cais. Como que guiada pela mão de uma estrela que nos observa. E isto é algo ao qual eu não posso nem consigo escapar. Não quero. Demasiado forte, demasiado avassalador. Maior do que a imensidão de todas as coisas juntas. Do que eu, do que tu, do que tudo o que se possa imaginar. Uma enormidade interior reflectida em gritos mudos de um sentimento sempre presente. Capaz de fazer mover pedras e montes, rios e vales. De saltar, rasgar a pele, expor o meu coração a nu. À essência da sua emotividade e paixão.
É inegável o laço que nos une. Embora sempre soubesse que aquele sentimento que um dia havia sido forte como um feixe de aço existia e que estava presente, sempre o olhei como sendo discreto e silencioso pelas circunstâncias conhecidas. Mas, no meio deste silêncio e da camuflagem a ele feita, eis como não deixa de me supreender. Em pequenos minutos de conversa se desfaz o silêncio de dias e dias, desfaz a ausência do saber um do outro. E nestes pequenos minutos, nestas palavras trocadas, em simples frases musicas e músicas, ou até mesmo em algo completamente banal que nos surge no decorrer do nosso dia, sente-se que se esconde algo mais, que nos faz sentir. Qual gigante adormecido, o sentimento toma-nos de assalto. Tudo o que me prende a ti passa de uma ponte frágil e modesta à mais forte das fundações. Tudo num piscar de olhos, nestes pequenos instantes.
Assim se sente. Aqui se sente o gigante adormecido mas sempre presente, de olho aberto, em vigília. Regressa em todo o seu esplendor o mais forte e belo dos sentimentos. Trânscendente, sufocante. Viajante, alimentado de sonhos diurnos de e por ti. Perco-me a cada momento nas memórias. Nos nosso distantes mas tão presentes na memória. Os olhares, os gestos... A força dos abraços! Navego para lá do horizonte, para um lugar onde a felicidade reina suprema, seguindo o canto da tua voz e o brilho do teu olhar.
Amor puro, completo, belo, repleto de entrega, esperança, alegria e força. Deixemos as nossas estrelas viajarem juntas.E isso, bom meu amor... Isso a nós nos cabe. Se estará perto do que foi, ou longe do que será. Apenas e só a nós. Mas peço-te, espera por mim. De ti preciso no cais e na escuridão do universo. Quero a luz brilhante dos teus olhos... A ti te quero.

1 comentário:

bruxinha-2006 disse...

bem axo k este joão é o fakas né?? se for escreves mt bem e ou temos amor no ar ou tas mt inspirado??? lolol.jokas