abril 26, 2006

Eternamente Zeca

Seria estranho passar o 25 de Abril e eu não atirar qualquer tipo de 'posta'. Não maçando com teorias e considerações sobre o passado e o presente, o passado no presente e o futuro no passado, etc etc e tal, relacionei tudo e mais alguma coisa e retirei um poema do Zeca. Ora apanhai:

Tecto do mendigo


Num lugar ermo
Só no meu abrigo
Aí terei meu tecto
E meu postigo.

De longe em longe
À luz das madrugadas
Duas camisas
Quem não tem lavadas?

Aí serei meu dono
E companheiro
Dizei amigos
Se não sou solteiro.

E se eu morrer
O tecto que não caia
Porque um mendigo
Dorme de atalaia.

De quando em quando
Chamo o perdigueiro
Dizei amigos
Quem chega primeiro.

Aí terei o meu poiso
À luz da vela
Aí verei o sol
Duma janela.

Tenho uma trompa
Tenho uma cascata
Tenho uma estrela
No bairro da lata.

Olha o mar alto
Olha a maresia
Olha a montanha
Vem rompendo o dia.

Cantares do Andarilho, 1968

'Té mai logo!

4 comentários:

Tommy_Gun disse...

Mai nada sôra fessora!;)
[[[[X]]]]] *****X*****

J disse...

Granda esferica! *************beijo grandalhão!!!

Deizz disse...

amores! amores!! vos soides uns amores!! eheheh
beijinho

Lilis disse...

Zeca Afonso...é sempre mt à frente!!!Tá boa mha Dama...Bjus...e 25 d'Abril SP...