Só

Pois bem... Vou agora aqui deixar um post que não será o tipo de post a que estão acostumados da minha parte... Mas dada a onda de citações de Jorge Palma, quer neste blog, quer no blog do nosso meio Satélite natural, dei por mim a pensar nesta letra. Dei por mim a remoer esta letra. Dei por mim a querer deixa-la nalgum lugar, nem que somente fosse para me puder lembrar que dela me lembrei, a dado momento. Só não sabia onde... Tenho vários sítios, muitos parados. Dos que estão e não estão parados, não encontrei nenhum em que me parecesse lógico enquadrar este Poema, por não ser contextualizável. Que melhor, então, que este cantinho de actualidades, em que (lá dizia e bem o nosso guru) basta que me lembre hoje de uma coisa para ela ser uma actualidade? Fica aqui então isto (mas Isto com i maiúsculo, muito maiúsculo mesmo), porque se tornou imperativo que o soltasse de dentro de mim, que anda aqui às voltas e eu nem faço ideia porquê.

Chama-se "Só" e é um brilhante Poema do Jorge Palma, com uma não menos brilhante composição musical.




Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mão perdem a razão

Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mão perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Eu sei que nenhuma vai ganhar




Posto isto, nada a declarar.
Saudações.